sexta-feira, 29 de maio de 2009

NASCIMENTO PLANETÁRIO


2 comentários:

Miguel Baganha disse...

Duma forma geral, estou sempre fascinado em descobrir. Aqui, na fotografia, tento imaginar o que se esconde para lá do aparente e o olhar revelado aqui potencia isso: eis a principal razão porque me atrai tanto a técnica utilizada no Rocha Natural. Gosto de sentir qual o caminho tomado pela tua fotografia. Por vezes, o sentido de direcção revela-se nítido muito em parte devido ao título que lhes conferes, outras vezes as coisas parecem-me turvas, enigmáticas, não existindo um relacionamento directo com o que o título sugere, sendo esta última a que mais me agrada, visto aumentar o grau de dificuldade da sua leitura.
Independentemente da poética ou percepção temática, existe a parte gráfica, qui ça a mais importante de todas. Estático ou em movimento, o grafismo das tuas obras expressam sempre uma vasta gama de sensações, que vão do bem ao mal, do belo ao feio ou do nascimento e morte. E neste aspecto, o título é o que menos importa, porque o teu valor gráfico está sempre presente, Daniela.

Pegando no espelho como argumento, eu acho que algumas das melhores obras na Fotografia, duma forma geral, são reflectidas por um estado de espírito contemporâneo.
Não vou celebrar o nascimento planetário, mas celebro o teu, enquanto artista, Dani: uma grande artista que sabe ver-sentir e transmitir uma sensibilidade contemporânea.

Amo.te,
Miguel

Rocha de Sousa disse...

Também aqui, o título é envolnte, mas um pouco escolar (nascimento do planeta dava-se nas ciências
naturais como o nascimento da ami-
ba) Continuo a ser severo com isto,
pois o desaparecimento dos títulos
não foi um acto de modernidade mas
de cobardia e incompetência. Não é o caso. No entanto, eu gostaria
de sublinhar o lado ontológico de tudo isso, fazendo racord atrás e utilizabdo FECUNDAÇÃO DO MUNDO.
São peças lindíssimas, compactas e
musicais, operáticas,borbulhantes, antecipando a «espuma dos dias. Não foi preciso muito para que este
«efeito de cascata» perto da hori- zontal, breve, quase plano, surgis-
se da modelação em faixas cromáti-
cas de semelhantes comprimento de onda. Brilhante.