«Embora a fotografia produza imagens que são registo de realidades, não deixa de ser também um meio aberto à colagem, à mistura ou transformação cromáticas, o que Daniela Rocha
explora nesse percurso e mesmo através de computador. Operadora, enquanto técnica e artista, trabalha num domínio aberto da fotografia, acede pluralmente à imagem. Assim se explica e justifica esta nomeação profissional de operadora de imagem». (Prof. Rocha de Sousa)
Duma forma geral, estou sempre fascinado em descobrir. Aqui, na fotografia, tento imaginar o que se esconde para lá do aparente e o olhar revelado aqui potencia isso: eis a principal razão porque me atrai tanto a técnica utilizada no Rocha Natural. Gosto de sentir qual o caminho tomado pela tua fotografia. Por vezes, o sentido de direcção revela-se nítido muito em parte devido ao título que lhes conferes, outras vezes as coisas parecem-me turvas, enigmáticas, não existindo um relacionamento directo com o que o título sugere, sendo esta última a que mais me agrada, visto aumentar o grau de dificuldade da sua leitura. Independentemente da poética ou percepção temática, existe a parte gráfica, qui ça a mais importante de todas. Estático ou em movimento, o grafismo das tuas obras expressam sempre uma vasta gama de sensações, que vão do bem ao mal, do belo ao feio ou do nascimento e morte. E neste aspecto, o título é o que menos importa, porque o teu valor gráfico está sempre presente, Daniela.
Pegando no espelho como argumento, eu acho que algumas das melhores obras na Fotografia, duma forma geral, são reflectidas por um estado de espírito contemporâneo. Não vou celebrar o nascimento planetário, mas celebro o teu, enquanto artista, Dani: uma grande artista que sabe ver-sentir e transmitir uma sensibilidade contemporânea.
Também aqui, o título é envolnte, mas um pouco escolar (nascimento do planeta dava-se nas ciências naturais como o nascimento da ami- ba) Continuo a ser severo com isto, pois o desaparecimento dos títulos não foi um acto de modernidade mas de cobardia e incompetência. Não é o caso. No entanto, eu gostaria de sublinhar o lado ontológico de tudo isso, fazendo racord atrás e utilizabdo FECUNDAÇÃO DO MUNDO. São peças lindíssimas, compactas e musicais, operáticas,borbulhantes, antecipando a «espuma dos dias. Não foi preciso muito para que este «efeito de cascata» perto da hori- zontal, breve, quase plano, surgis- se da modelação em faixas cromáti- cas de semelhantes comprimento de onda. Brilhante.
2 comentários:
Duma forma geral, estou sempre fascinado em descobrir. Aqui, na fotografia, tento imaginar o que se esconde para lá do aparente e o olhar revelado aqui potencia isso: eis a principal razão porque me atrai tanto a técnica utilizada no Rocha Natural. Gosto de sentir qual o caminho tomado pela tua fotografia. Por vezes, o sentido de direcção revela-se nítido muito em parte devido ao título que lhes conferes, outras vezes as coisas parecem-me turvas, enigmáticas, não existindo um relacionamento directo com o que o título sugere, sendo esta última a que mais me agrada, visto aumentar o grau de dificuldade da sua leitura.
Independentemente da poética ou percepção temática, existe a parte gráfica, qui ça a mais importante de todas. Estático ou em movimento, o grafismo das tuas obras expressam sempre uma vasta gama de sensações, que vão do bem ao mal, do belo ao feio ou do nascimento e morte. E neste aspecto, o título é o que menos importa, porque o teu valor gráfico está sempre presente, Daniela.
Pegando no espelho como argumento, eu acho que algumas das melhores obras na Fotografia, duma forma geral, são reflectidas por um estado de espírito contemporâneo.
Não vou celebrar o nascimento planetário, mas celebro o teu, enquanto artista, Dani: uma grande artista que sabe ver-sentir e transmitir uma sensibilidade contemporânea.
Amo.te,
Miguel
Também aqui, o título é envolnte, mas um pouco escolar (nascimento do planeta dava-se nas ciências
naturais como o nascimento da ami-
ba) Continuo a ser severo com isto,
pois o desaparecimento dos títulos
não foi um acto de modernidade mas
de cobardia e incompetência. Não é o caso. No entanto, eu gostaria
de sublinhar o lado ontológico de tudo isso, fazendo racord atrás e utilizabdo FECUNDAÇÃO DO MUNDO.
São peças lindíssimas, compactas e
musicais, operáticas,borbulhantes, antecipando a «espuma dos dias. Não foi preciso muito para que este
«efeito de cascata» perto da hori- zontal, breve, quase plano, surgis-
se da modelação em faixas cromáti-
cas de semelhantes comprimento de onda. Brilhante.
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