«Embora a fotografia produza imagens que são registo de realidades, não deixa de ser também um meio aberto à colagem, à mistura ou transformação cromáticas, o que Daniela Rocha
explora nesse percurso e mesmo através de computador. Operadora, enquanto técnica e artista, trabalha num domínio aberto da fotografia, acede pluralmente à imagem. Assim se explica e justifica esta nomeação profissional de operadora de imagem». (Prof. Rocha de Sousa)
Esta série de fotografias tem para mim uma poética visual imperativa: a transformação e falam-me com a única linguagem que sabem: a plástica. O seu grafismo e sequência levam-me à percepção de uma metamorfose - uma nova forma de vida passando pelas mais diversas fases ou estados - compreendendo todos os passos, fases ou estados duma mutação orgânica. Os vapores que se diluem na atmosfera aspergidos por uma possível incandescência magmática, sobem pela onda gravitacional, enquanto desenham ou evocam diabólicas formas, espectros amarelados que parecem ordenar o caos com um simples toque de luz amarela. Sinais, imagens ou «Elementos Estruturais» duma hecatombe que na sua própria linguagem,(a plástica) anunciam simultâneamente o fim e o começo de qualquer coisa.
Parabéns por esta série, amormeu. O projecto: ROCHA NATURAL trilha um caminho que me agrada pensar(do ponto de vista artístico)ser o mais certo,visando desde logo um horizonte mais longínquo, mais à frente e que pretende crescer autónomo, longe do redutor e comercial olhar.
Uma sequência de fotografias de raro conteúdo. Também fantasia de mistura com as convulsôes da meta- mofose. Há aqui organismos (não importam os troncos, a flora ligei- ra, o sentido das falhas e das rai-zes cravadas, desfocadas,fractais). A brandura contende com a secura, entre sombras de um tempo sem dia nem noite. Esplendoroso espectácu- lo cuja decifração não tem priori- dade, antes o lado simultaneamente astral e orgânico de tudo. Perturba um pouco a meia «oculta- cão» que o amarelo, repetido nas quatro imagens provoca. É descon- fotável. Há um processo de descar- tar esse efeito, num programa que tem várias filtragens. Podiam ser duas a duas, por exemplo. E depois, quanto a mim, o título é totalmente descabido.«Uma liguagem» só pode ser a visual (fotografia) e os úni- cos elementos estruturais que pode- mos referir são os valores (claro- escuro) e a cor (precariamente) Dá a impressão de que a autora não sabe o que fez. Aquilo passamuito mais por: «organismos e metamorfose». Em baixo, há uma que se daria muito bem com «Sombra Fractural». Mas pode haver um só título: «Claro-escuro ou interdição». Pensa nisto. Não estou a impingir nada. Estou a pensar sobre o que vejo. Posso estar a ver mal. Omcle Pasmado
Tomando em consideração ao comentário de Rocha de Sousa, decidi mudar o título desta serie "elementos estruturais de uma linguagem plástica" para "ORGANISMOS E METAMORFOSE". Grata pela ajuda na escolha e por ter me levado a reflectir melhor sobre o meu trabalho.
3 comentários:
Esta série de fotografias tem para mim uma poética visual imperativa: a transformação e falam-me com a única linguagem que sabem: a plástica. O seu grafismo e sequência levam-me à percepção de uma metamorfose - uma nova forma de vida passando pelas mais diversas fases ou estados - compreendendo todos os passos, fases ou estados duma mutação orgânica. Os vapores que se diluem na atmosfera aspergidos por uma possível incandescência magmática, sobem pela onda gravitacional, enquanto desenham ou evocam diabólicas formas, espectros amarelados que parecem ordenar o caos com um simples toque de luz amarela. Sinais, imagens ou «Elementos Estruturais» duma hecatombe que na sua própria linguagem,(a plástica) anunciam simultâneamente o fim e o começo de qualquer coisa.
Parabéns por esta série, amormeu. O projecto: ROCHA NATURAL trilha um caminho que me agrada pensar(do ponto de vista artístico)ser o mais certo,visando desde logo um horizonte mais longínquo, mais à frente e que pretende crescer autónomo, longe do redutor e comercial olhar.
Amo.te, Dani.
Beija.te,
o teumiguel
Uma sequência de fotografias de raro conteúdo. Também fantasia de
mistura com as convulsôes da meta-
mofose. Há aqui organismos (não importam os troncos, a flora ligei-
ra, o sentido das falhas e das rai-zes cravadas, desfocadas,fractais).
A brandura contende com a secura, entre sombras de um tempo sem dia nem noite. Esplendoroso espectácu-
lo cuja decifração não tem priori-
dade, antes o lado simultaneamente astral e orgânico de tudo.
Perturba um pouco a meia «oculta- cão» que o amarelo, repetido nas quatro imagens provoca. É descon-
fotável. Há um processo de descar-
tar esse efeito, num programa que
tem várias filtragens. Podiam ser duas a duas, por exemplo. E depois,
quanto a mim, o título é totalmente
descabido.«Uma liguagem» só pode
ser a visual (fotografia) e os úni-
cos elementos estruturais que pode-
mos referir são os valores (claro-
escuro) e a cor (precariamente) Dá a impressão de que a autora não sabe o que fez.
Aquilo passamuito mais por:
«organismos e metamorfose». Em baixo, há uma que se daria muito
bem com «Sombra Fractural». Mas pode haver um só título: «Claro-escuro ou interdição». Pensa nisto.
Não estou a impingir nada. Estou a pensar sobre o que vejo. Posso estar a ver mal.
Omcle Pasmado
Tomando em consideração ao comentário de Rocha de Sousa, decidi mudar o título desta serie "elementos estruturais de uma linguagem plástica" para "ORGANISMOS E METAMORFOSE".
Grata pela ajuda na escolha e por ter me levado a reflectir melhor sobre o meu trabalho.
daniela rocha
Enviar um comentário