segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

ALQUIMIA PERDIDA

2 comentários:

Miguel Baganha disse...

Vivemos numa época em que os paradigmas de ordem ética e moral estão cada vez
mais distantes, direi mesmo: perdidos. Esta "ALQUIMIA PERDIDA" surge em bom momento, como um apelo ao resgate destes valores ou fórmulas há muito esquecidas.

A forma oval na margem esquerda da foto sugere-me um flute?,não... talvez um cálice de pé alongado que estando encastrado na parede metálica agora convertida em ouro parece dizer-nos: " sou eu, o Santo Graal!Eu não estou perdido... apenas aprisionado no materialismo decadente que é ostentado pelo Homem. "

Parabéns por mais uma, Dani. Esta tua peça é vanguardista, enigmática e de extrema qualidade pictórica.

Amo-te, és a minha pedra filosofal!

Miguel

Rocha de Sousa disse...

Esta imagem faz-me lemnrar perdida-
mente alguns planos do meu filme «A
Morte de Ana Orwell». Ali era a al-
quimia do terror, da morte, do vam-
pirismo que nos define enquanto ci-vilização. Aqui, entre registos que
geram a ambiguidade entre a memória
de utensílios destroçados e um so- pro de velhas drenagens, laborató- rio atravessado por coisas virtu-ais, apodrecimentos,ornatos e fen-
das, o aparelho de gerar transfu-
sões, a cor esverdeada, enfim, que
nivela a fantasia dos fantasmas.
Belo trabalho.
Rocha de Sousa.