«Embora a fotografia produza imagens que são registo de realidades, não deixa de ser também um meio aberto à colagem, à mistura ou transformação cromáticas, o que Daniela Rocha
explora nesse percurso e mesmo através de computador. Operadora, enquanto técnica e artista, trabalha num domínio aberto da fotografia, acede pluralmente à imagem. Assim se explica e justifica esta nomeação profissional de operadora de imagem». (Prof. Rocha de Sousa)
Vivemos numa época em que os paradigmas de ordem ética e moral estão cada vez mais distantes, direi mesmo: perdidos. Esta "ALQUIMIA PERDIDA" surge em bom momento, como um apelo ao resgate destes valores ou fórmulas há muito esquecidas.
A forma oval na margem esquerda da foto sugere-me um flute?,não... talvez um cálice de pé alongado que estando encastrado na parede metálica agora convertida em ouro parece dizer-nos: " sou eu, o Santo Graal!Eu não estou perdido... apenas aprisionado no materialismo decadente que é ostentado pelo Homem. "
Parabéns por mais uma, Dani. Esta tua peça é vanguardista, enigmática e de extrema qualidade pictórica.
Esta imagem faz-me lemnrar perdida- mente alguns planos do meu filme «A Morte de Ana Orwell». Ali era a al- quimia do terror, da morte, do vam- pirismo que nos define enquanto ci-vilização. Aqui, entre registos que geram a ambiguidade entre a memória de utensílios destroçados e um so- pro de velhas drenagens, laborató- rio atravessado por coisas virtu-ais, apodrecimentos,ornatos e fen- das, o aparelho de gerar transfu- sões, a cor esverdeada, enfim, que nivela a fantasia dos fantasmas. Belo trabalho. Rocha de Sousa.
2 comentários:
Vivemos numa época em que os paradigmas de ordem ética e moral estão cada vez
mais distantes, direi mesmo: perdidos. Esta "ALQUIMIA PERDIDA" surge em bom momento, como um apelo ao resgate destes valores ou fórmulas há muito esquecidas.
A forma oval na margem esquerda da foto sugere-me um flute?,não... talvez um cálice de pé alongado que estando encastrado na parede metálica agora convertida em ouro parece dizer-nos: " sou eu, o Santo Graal!Eu não estou perdido... apenas aprisionado no materialismo decadente que é ostentado pelo Homem. "
Parabéns por mais uma, Dani. Esta tua peça é vanguardista, enigmática e de extrema qualidade pictórica.
Amo-te, és a minha pedra filosofal!
Miguel
Esta imagem faz-me lemnrar perdida-
mente alguns planos do meu filme «A
Morte de Ana Orwell». Ali era a al-
quimia do terror, da morte, do vam-
pirismo que nos define enquanto ci-vilização. Aqui, entre registos que
geram a ambiguidade entre a memória
de utensílios destroçados e um so- pro de velhas drenagens, laborató- rio atravessado por coisas virtu-ais, apodrecimentos,ornatos e fen-
das, o aparelho de gerar transfu-
sões, a cor esverdeada, enfim, que
nivela a fantasia dos fantasmas.
Belo trabalho.
Rocha de Sousa.
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