«Embora a fotografia produza imagens que são registo de realidades, não deixa de ser também um meio aberto à colagem, à mistura ou transformação cromáticas, o que Daniela Rocha
explora nesse percurso e mesmo através de computador. Operadora, enquanto técnica e artista, trabalha num domínio aberto da fotografia, acede pluralmente à imagem. Assim se explica e justifica esta nomeação profissional de operadora de imagem». (Prof. Rocha de Sousa)
Uma fotografia personalizada que já faz parte daquilo que cada vez mais se assume como um tríptico: DESCONTRUÇÃO, A ÚLTIMA CIVILIZAÇÃO e agora este ATRACADO. Ou será que a sequência ainda não terminou?... bom, seja como for, o grafismo(não obstante à lógica dos títulos) da sequência suscita algumas reflexões. Mas aqui, ao invés de me familiarizar com as imagens fragmentadas, deixo-me voar bem alto, longe de qualquer verosimilhança ou significado, para cair e ATRACAR numa total abstracção. E então, só assim posso finalmente sentir esta sequência "como aquilo que por sua vez se aproxima de nós". Falo, claro está, do registo de uma intemporalidade, uma vez que estas imagens, tal como nós( Homem-Ser Humano)dificilmente serão situáveis num espaço ou tempo.
Gostei dos "desacertos" entre a cor e a imagem, Daniminha. Este efeito, confere à imagem um aspecto de terceira dimensão, convocando em paralelo algumas qualidades daquilo que julgamos ser a nossa realidade.
«Atracado» é uma palavra demasiado definida para nos eximirmos a uma leitura/atitude como a do Miguel.E muito bem,dirá a autora,não é essa a identidade profunda da arte, ex- primir, inclusive, por absurdo ou por ausência? Não é tanto assim, a despeito do caos revolucionário do século XX: o homem só se tornou ca- paz de criar e fazer arte quando logrou aliar as emoções à razão e esta à consciência e à memória con- ceptual. Por isso, direi que a fo- tografia «Atracado», abstracta e regrada na estrutura, deixa uma pontinha de casco naval, veleiro ou corveta num toque de matéria es- pecífica, algo que ali ficou, entre outras coisas ou destroços, a insi- nuar-se «possível» aos nossos olhos. Oncle velho João
2 comentários:
Uma fotografia personalizada que já faz parte daquilo que cada vez mais se assume como um tríptico: DESCONTRUÇÃO, A ÚLTIMA CIVILIZAÇÃO e agora este ATRACADO.
Ou será que a sequência ainda não terminou?... bom, seja como for, o grafismo(não obstante à lógica dos títulos) da sequência suscita algumas reflexões. Mas aqui, ao invés de me familiarizar com as imagens fragmentadas, deixo-me voar bem alto, longe de qualquer verosimilhança ou significado, para cair e ATRACAR numa total abstracção. E então, só assim posso finalmente sentir esta sequência "como aquilo que por sua vez se aproxima de nós". Falo, claro está, do registo de uma intemporalidade, uma vez que estas imagens, tal como nós( Homem-Ser Humano)dificilmente serão situáveis num espaço ou tempo.
Gostei dos "desacertos" entre a cor e a imagem, Daniminha. Este efeito, confere à imagem um aspecto de terceira dimensão, convocando em paralelo algumas qualidades daquilo que julgamos ser a nossa realidade.
Amo-te,
Mig-Atracado-emti
«Atracado» é uma palavra demasiado
definida para nos eximirmos a uma
leitura/atitude como a do Miguel.E
muito bem,dirá a autora,não é essa a identidade profunda da arte, ex-
primir, inclusive, por absurdo ou
por ausência? Não é tanto assim, a
despeito do caos revolucionário do
século XX: o homem só se tornou ca-
paz de criar e fazer arte quando
logrou aliar as emoções à razão e esta à consciência e à memória con-
ceptual. Por isso, direi que a fo-
tografia «Atracado», abstracta e
regrada na estrutura, deixa uma pontinha de casco naval, veleiro ou corveta num toque de matéria es-
pecífica, algo que ali ficou, entre
outras coisas ou destroços, a insi-
nuar-se «possível» aos nossos olhos.
Oncle velho João
Enviar um comentário