sábado, 6 de dezembro de 2008

COLD WALL

2 comentários:

Miguel Baganha disse...

Como já referi no Naturalíssima, raramente recorres aos tratamentos artificiais. Mas quando isso acontece, como é o caso, a utilização é bem medida, revelando uma maturidade assinalável quer no plano conceptual, quer no resultado exposto.

Entre o mundo semântico que nomeia as coisas e o volúvel Universo material da cor, só em condições muito especiais de luz é que o resultado normal da imagem poderia ser este. Contudo, criaste uma tensão perceptiva e vibrante ao olhar, simulando naturalmente a superfície duma parede gelada.

"Gelei" ao ver, amormeu!

Miguel

Rocha de Sousa disse...

Esta parede degradada nunca pode-
ria ter este aspecto se não fosse
tocada pela mão e pelo imaginário
sensível da autora. Bela deriva pe-
lo real prosaico, entretanto trans-
formado em superfície lunar ou em céu de madrugada, com nuvens escu-
ras. Não há outro remédio, se a ar-
te não pode copiar o real é porque
a sua natureza o ultrapassa e plu-
risignifica. «Torna-o visível», co-
mo dizia o outro, isto é: torna-o
diferente, porventura encantatório.
Oncle velho João