«Embora a fotografia produza imagens que são registo de realidades, não deixa de ser também um meio aberto à colagem, à mistura ou transformação cromáticas, o que Daniela Rocha
explora nesse percurso e mesmo através de computador. Operadora, enquanto técnica e artista, trabalha num domínio aberto da fotografia, acede pluralmente à imagem. Assim se explica e justifica esta nomeação profissional de operadora de imagem». (Prof. Rocha de Sousa)
Entre paradoxos e centenas de memórias, um fio de nostalgia, um sentimento de surpresa me assalta ao ver esta composição. Imagino-me numa estação de comboios onde, após sair da carruagem, deixo que o meu olhar se assuma voyeur, na deriva das coisas e das pessoas, retina viajante que só para no aconchego do teu olhar. E é "Comigo no Teu Pensamento" que me detenho, fazendo uma volta de pequenos passos, da direita para a esquerda, a fim de reconstruir o que as minhas sensações mal haviam indagado, no contingente campo da percepção visual e da memória.
É o olho panóptico das emoções, fragmentário e completo, ao mesmo tempo.
Fotografia de várias, um olho fi- xando o real e o já vivido, a nar- rativa que pode começar na mão sus- pensa de costas, perto dele, qua- dro de outros quadros, a palpitação do corpo, da roupa, do outr enco- berto, uma narrativa discreta, en- tre murmúrios, uso conceptual do espaço e do tempo na dobra dos sen- timentos.
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Entre paradoxos e centenas de memórias, um fio de nostalgia, um sentimento de surpresa me assalta ao ver esta composição. Imagino-me numa estação de comboios onde, após sair da carruagem, deixo que o meu olhar se assuma voyeur, na deriva das coisas e das pessoas, retina viajante que só para no aconchego do teu olhar. E é "Comigo no Teu Pensamento" que me detenho, fazendo uma volta de pequenos passos, da direita para a esquerda, a fim de reconstruir o que as minhas sensações mal haviam indagado, no contingente campo da percepção visual e da memória.
É o olho panóptico das emoções, fragmentário e completo, ao mesmo tempo.
Fotografia de várias, um olho fi-
xando o real e o já vivido, a nar-
rativa que pode começar na mão sus-
pensa de costas, perto dele, qua-
dro de outros quadros, a palpitação
do corpo, da roupa, do outr enco-
berto, uma narrativa discreta, en-
tre murmúrios, uso conceptual do
espaço e do tempo na dobra dos sen-
timentos.
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