«Embora a fotografia produza imagens que são registo de realidades, não deixa de ser também um meio aberto à colagem, à mistura ou transformação cromáticas, o que Daniela Rocha
explora nesse percurso e mesmo através de computador. Operadora, enquanto técnica e artista, trabalha num domínio aberto da fotografia, acede pluralmente à imagem. Assim se explica e justifica esta nomeação profissional de operadora de imagem». (Prof. Rocha de Sousa)
Silêncio com Ruído II é, inegavel- mente, uma belíssima peça, vale co- mo fotografia «em si» e como docu- mento «obtuso» de algo que está no outro lado do instante. Acontece aqui uma coisa, tão peri- gosa como de vanguarda: é que a fo- tografia começa a parecer subjacen- te a uma «montagem exterior» que a remete para a sua original condição de documento. «Aquilo» que se vê no registo é, em si, arte. Parece que o fotógrafi foi a uma instalação tarkoskiana e a fotografou. A exis- tência que lá ficou passa a intri- gar mais do que o próprio registo. Claro, quem não dispõe da matris, basta-se com a foto e já lhe resta uma obra superior. Filosoficamente, esteticamente, es- ta questão não é dispiciente. Rocha de Sousa
Esta peça, como o João refere, é de facto perigosa. Levantas questões filosóficas sobre a vida e morte através do efeito metamórfico ou decomposto, que aqui se harmoniza com o título. É que o SILÊNCIO COM RUÍDO( o mesmo vale para a I )só pode ser escutado no decurso de uma trascendência, como por exemplo: na transição da vida para a morte.
Dani, um artista vive muito do choque e da provocação, e tu começas a saber "brincar" com o espectador através destes dois argumentos. Gostei de ver, este é o caminho certo a seguir, amormeu.
2 comentários:
Silêncio com Ruído II é, inegavel-
mente, uma belíssima peça, vale co-
mo fotografia «em si» e como docu-
mento «obtuso» de algo que está no
outro lado do instante.
Acontece aqui uma coisa, tão peri-
gosa como de vanguarda: é que a fo-
tografia começa a parecer subjacen-
te a uma «montagem exterior» que a
remete para a sua original condição
de documento. «Aquilo» que se vê no
registo é, em si, arte. Parece que
o fotógrafi foi a uma instalação
tarkoskiana e a fotografou. A exis-
tência que lá ficou passa a intri-
gar mais do que o próprio registo.
Claro, quem não dispõe da matris,
basta-se com a foto e já lhe resta
uma obra superior.
Filosoficamente, esteticamente, es-
ta questão não é dispiciente.
Rocha de Sousa
Esta peça, como o João refere, é de facto perigosa. Levantas questões filosóficas sobre a vida e morte através do efeito metamórfico ou decomposto, que aqui se harmoniza com o título. É que o SILÊNCIO COM RUÍDO( o mesmo vale para a I )só pode ser escutado no decurso de uma trascendência, como por exemplo: na transição da vida para a morte.
Dani,
um artista vive muito do choque e da provocação, e tu começas a saber "brincar" com o espectador através destes dois argumentos.
Gostei de ver, este é o caminho certo a seguir, amormeu.
Silenciosamente me vou,
Euteu
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