sábado, 17 de janeiro de 2009

SILÊNCIO COM RUÍDO II

2 comentários:

Rocha de Sousa disse...

Silêncio com Ruído II é, inegavel-
mente, uma belíssima peça, vale co-
mo fotografia «em si» e como docu-
mento «obtuso» de algo que está no
outro lado do instante.
Acontece aqui uma coisa, tão peri-
gosa como de vanguarda: é que a fo-
tografia começa a parecer subjacen-
te a uma «montagem exterior» que a
remete para a sua original condição
de documento. «Aquilo» que se vê no
registo é, em si, arte. Parece que
o fotógrafi foi a uma instalação
tarkoskiana e a fotografou. A exis-
tência que lá ficou passa a intri-
gar mais do que o próprio registo.
Claro, quem não dispõe da matris,
basta-se com a foto e já lhe resta
uma obra superior.
Filosoficamente, esteticamente, es-
ta questão não é dispiciente.
Rocha de Sousa

Miguel Baganha disse...

Esta peça, como o João refere, é de facto perigosa. Levantas questões filosóficas sobre a vida e morte através do efeito metamórfico ou decomposto, que aqui se harmoniza com o título. É que o SILÊNCIO COM RUÍDO( o mesmo vale para a I )só pode ser escutado no decurso de uma trascendência, como por exemplo: na transição da vida para a morte.

Dani,
um artista vive muito do choque e da provocação, e tu começas a saber "brincar" com o espectador através destes dois argumentos.
Gostei de ver, este é o caminho certo a seguir, amormeu.

Silenciosamente me vou,
Euteu